O recado de Magda a Lula sobre Margem Equatorial: ‘Pode ficar tranquilo’

Presidente da Petrobras diz que o país precisa de uma nova frente de combustível fóssil antes de 2030

Por Felipe Erlich SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 17 fev 2025, 16h09 - Publicado em 17 fev 2025, 12h35

Magda Chambriard, presidente da Petrobras, se reúne com Lula nesta segunda-feira 27 de janeiro para discutir preço dos combustíveis, em meio a pressão do mercado por reajuste — Magda Chambriard, presidente da Petrobras, se reúne com Lula (Fernando Frazão/Agência Brasil/VEJA.com)

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, aproveitou seu discurso durante o anúncio da retomada de investimentos da empresa na indústria naval, nesta segunda-feira 17, para mandar um recado claro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma questão premente em Brasília. “Se nós obtivermos a licença (para exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas), presidente Lula, faremos tudo de forma absolutamente segura”, disse Chambriard. “Quanto a isso, o senhor pode ficar absolutamente tranquilo.” A declaração ocorre em meio à espera da estatal pelo aval do Ibama para estudar a nova frente de exploração do combustível fóssil no Norte do país.

Na semana ada, o próprio presidente Lula disse que o órgão submetido ao Ministério do Meio Ambiente estava fazendo “lenga-lenga”, parecendo estar “contra o governo”. A ministra da pasta, Marina Silva, se mostra resistente à continuidade da exploração de combustíveis fósseis no país — motivo de atrito dentro do governo federal.

A presidente da Petrobras reforçou que as reservas do pré-sal garantem o aumento da exploração de petróleo no Brasil até 2030, mas, após esse prazo, seriam necessárias novas frentes para a reposição de reservas. “Isso só vai ser possível se nós começarmos a explorar nossas novas fronteiras agora”, disse a presidente da estatal, que também buscou tranquilizar quem teme derramamentos de petróleo nas proximidades da Amazônia: “Sendo possível a licença, nós teremos no Amapá o melhor aparato de resposta a emergências (climáticas) já visto no mundo.”