Aline Pereira Ghammachi: Quem é a freira brasileira alvo de denúncia em mosteiro na Itália 2x3k1t
Demissão de Ghammachi, natural de Macapá, ocorreu em 21 de abril, data da morte do papa Francisco 1p2y3l
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Atualizado em 13 Maio 2025, 20h32 - Publicado em 13 Maio 2025, 12h15
A freira brasileira Aline Pereira Ghammachi, de 41 anos, foi retirada do cargo de madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia, na Itália, após uma carta que incluía denúncias de maus-tratos e abuso de poder a desvio de fundos da Igreja Católica. A demissão de Ghammachi, natural de Macapá, no Amapá, ocorreu em 21 de abril, data da morte do papa Francisco.
No entanto, ela permanece no país europeu para lutar por justiça e alega ser alvo de perseguição do frei Mauro Giuseppe Lepori, abade-chefe do mosteiro, por ser “bonita demais” para o posto, segundo relato seu ao G1.
A trajetória de Ghammachi é marcada por pessoas que desacreditavam no seu compromisso em servir à igreja, desejo que nutria desde os 15 anos. Sua família determinou que teria de estudar por mais uns anos para decidir se, de fato, seguiria o caminho do sacerdócio.
Em 2004, concluiu o curso superior de istração de empresas em Macapá e, com o diploma na mão, tomou a decisão de que optaria pela rota religiosa. No ano seguinte, fez as malas e se mudou para um convento na Itália, onde viria a se tornar madre-abadessa. Ela ou a ocupar o posto em 2018, aos 34 anos, sendo a mulher mais jovem no país a estar à frente da função.
A irmã intensificou o acolhimento de mulheres vítimas de violência e de pessoas autistas. Também foi presenteada com uma horta comunitária com plantações de uvas.
Todo o trabalho viria a cair por terra em 2023, quando a carta com as acusações foi enviada a Francisco. De lá para cá, a irmã prestou contas dos últimos cinco anos. Os documentos que contestam a denúncia foram, inclusive, aceitos pela auditoria da igreja.
No entanto, questionar as alegações de maus-tratos é ainda mais complicado. Com isso, foi removida da função de madre-abadessa em abril. Agora, ela aguarda o resultado da contestação no Supremo Tribunal da Apostólica, a mais alta autoridade judicial da Igreja Católica.
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