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O gesto pró-Heleno da cúpula do Exército m5527

Militares do Alto Comando torcem para que ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional não seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal 536441

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jun 2025, 13h15

A atual cúpula do Exército tem uma torcida nada velada para que o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), saia ileso do processo que apura uma tentativa de golpe em 2022.

Heleno é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos mesmos cinco crimes imputados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, entre os quais abolição violenta do Estado democrático e organização criminosa, com pena que pode chegar a mais de 40 anos de prisão.

Nos bastidores, militares de alta patente se empenham em minimizar a atuação do general da reserva, hoje com 77 anos, durante o fim do governo Bolsonaro. Segundo eles, Heleno estaria completamente afastado das negociações e das tratativas istrativas. “Ele não comparecia a nada, e sequer era consultado”, diz um general do Alto Comando.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o ex-ministro do GSI atuou em diversas frentes criminosas. Uma delas seria o uso do aparelho estatal para a construção e o direcionamento de mensagens falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Durante as buscas, foi encontrada uma agenda na casa de Heleno com manuscritos sobre diretrizes para a ação, entre eles a previsão de que “é válido continuar a criticar a urna eletrônica”, além de anotações sobre supostas fraudes no sistema.

Na agenda, também constava um suposto plano para o descumprimento de decisões judiciais contrárias a Bolsonaro e seu entorno.

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Apesar disso, militares da ativa que defendem Heleno sustentam que ele poderia estar apenas participando de alguma reunião e anotando as falas, e não necessariamente rascunhando algum planejamento. Em outra frente, eles ressaltam que Heleno, enquanto chefe do GSI, fez uma transição de governo pacífica com os militares e não impôs nenhuma dificuldade para ar o bastão da gestão Bolsonaro para a de Lula.

Como pano de fundo da defesa da atual cúpula do Exército, composta por militares que foram atacados por seus colegas de farda aliados a Bolsonaro, pesa o papel histórico do general Heleno dentro das Forças Armadas.

O militar é tratado como “brilhante” durante a sua carreira – uma de suas atuações de mais destaque se deu como chefe da Força de Paz das Nações Unidas no Haiti, cuja gestão acumula elogios sobre os resultados, mas também críticas sobre violações praticadas durante a operação.

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Posto-chave em Gabinete de Crise z4x5s

Durante as investigações, a Polícia Federal encontrou uma minuta, que trazia a do GSI, intitulada Gabinete Institucional de Gestão de Crise. Para a PGR, o documento seria uma baliza após a concretização de um golpe de Estado e serviria como assessoramento a Bolsonaro após a ruptura institucional. No documento, o general Heleno é alçado a chefe do Gabinete de Crise.

Também são usadas na peça acusatória declarações feitas por Heleno durante uma reunião ministerial de julho de 2022. Na ocasião, o então ministro do GSI revelou que ia montar “um esquema para acompanhar o que os dois lados estão fazendo” e sustentou que qualquer solução teria de ser encontrada antes do pleito de 2022. “Não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições”, afirmou Heleno.

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