Abril Day: Assine Digital Completo por 1,99

Estudo encontra microplásticos no cérebro de habitantes de São Paulo 6j5x1n

Nova pesquisa revela que o bulbo olfativo, responsável por processar os cheiros, pode ser uma via de entrada para microplásticos no cérebro 6d143e

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 out 2024, 15h35 - Publicado em 2 out 2024, 13h20

Um estudo publicado recentemente no periódico científico JAMA Network Open constatou a presença de microplásticos nos bulbos olfatórios do cérebro humano. A pesquisa, conduzida com amostras de tecido cerebral de 15 pessoas falecidas que moravam em São Paulo, sugere que o caminho olfativo pode ser uma via de entrada para esses poluentes no sistema nervoso.

Microplásticos são partículas de plástico com menos de 5 milímetros de comprimento, comumente encontradas no ambiente. Esses fragmentos estão presentes em produtos de uso diário, como embalagens, roupas e cosméticos. Nos últimos anos, surgiram evidências de que essas partículas podem entrar no corpo humano, sendo detectadas em órgãos como pulmões e fígado.

O estudo foi realizado usando técnicas avançadas de espectroscopia, que é uma forma de analisar a composição de materiais ao observar como eles interagem com diferentes tipos de luz. Em oito dessas amostras, os pesquisadores encontraram partículas de microplásticos, sendo o polipropileno o tipo mais comum. O bulbo olfatório, localizado na base do cérebro, é responsável por processar os cheiros que sentimos.

Como os microplásticos chegam ao cérebro? 48q34

Acredita-se que as partículas de microplásticos possam entrar no cérebro por meio do nariz, utilizando a via olfativa como um “atalho”. Essa rota pode permitir que substâncias em pela barreira hematoencefálica, uma proteção natural do cérebro, o que abre caminho para potenciais riscos à saúde.

Embora os efeitos dos microplásticos no cérebro humano ainda sejam pouco compreendidos, os resultados desse estudo levantam preocupações. Em pesquisas com animais, a exposição a essas partículas já foi associada a inflamações no cérebro e problemas de desenvolvimento neurológico. Além disso, a presença de microplásticos pode estar relacionada ao aumento do risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, embora mais estudos sejam necessários para confirmar essa conexão em humanos.

Continua após a publicidade

Os cientistas agora querem entender melhor como essas partículas podem afetar a saúde ao longo do tempo e se existem níveis seguros de exposição. Por isso, eles afirmam que é necessário ampliar o número de amostras analisadas e desenvolver novas técnicas para detectar e medir a quantidade de microplásticos no cérebro humano.

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

ABRIL DAY

Digital Completo 1c6z4k

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo 5e3p29

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.